6 de mar. de 2012

  • 06/03 - Eu sou a luz do mundo!


    “Eu sou a luz do mundo;
    aquele que me segue não andará em trevas,
    mas terá a luz da vida.” (Jo 8,12)

    s
    A luz não existe para iluminar a si própria
    Para os seres humanos, a luz é crucial e não nos sentimos muito bem na escuridão.
    São muitas as histórias de medo, de insegurança e de confusão que recordamos da nossa experiência com a escuridão.
    Quando entramos num compartimento escuro, geralmente temos medo e andamos devagar, receosos de chocar contra alguma coisa e assim nos magoarmos.
    A escuridão paralisa-nos e impede-nos de nos movimentarmos à vontade e com confiança.
    Mas, a partir do momento em que acendemos a luz, o temor desaparece e conseguimos movimentar-nos com rapidez e segurança.
    A luz simplifica-nos a vida e traz-nos confiança e segurança.
    Perante a luz, tudo se torna visível e bem identificado.
    Ao longo das páginas da Bíblia, a luz é um símbolo poderoso acerca do que é Deus, a ponto de São João dizer, na sua primeira carta, que o Todo-poderoso é a luz:
    “Deus é luz, nele não há trevas” (I Jo 1,5).
    Assim como há a identificação de Cristo com a luz, como São João descreve no Evangelho da sua autoria:
    “Eu sou a luz do mundo” (Jo 8,12).
    É a afirmação da Sua divindade, da vitória definitiva da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado.
    A Pessoa e a Mensagem de Jesus Cristo têm poder para iluminar as nossas vidas, impedindo-nos de viver nas trevas.
    Assim, para os cristãos, a nossa luz é Cristo.
    É Ele que ilumina a nossa vida, erradicando o medo e a insegurança e acrescentando sentido e valor a ela.
    As trevas, ao longo da Sagrada Escritura, significam a ausência de Deus, a ruptura com o Seu projeto salvífico e o consequente afastamento d'Ele.
    As trevas presentes no nosso mundo contemporâneo só poderão ser dissipadas com a presença do Altíssimo e a valorização da Sua mensagem, que tranquiliza, dignifica e pacifica a dignidade do ser humano.
    A sociedade em que vivemos e da qual somos parte ativa e comprometida precisa da luz do Evangelho, da proposta do amor e da esperança que Jesus nos veio trazer.
    A luz não existe em função de si, não é luz para si mesma, não ilumina a si mesma.
    A Luz existe em função do que a rodeia, existe para iluminar a tudo e a todos.
    Ao reconhecermos e aceitarmos Jesus como a Luz do mundo, também nós nos tornamos luz.
    Podemos fazer uma comparação simples.
    Assim como a lua reflete a luz do sol também nós devemos refletir a Luz de Cristo, o nosso Sol.
    O mundo precisa que sejamos o reflexo da Luz, que é Cristo.
    O Senhor também disse que não se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, e assim alumia a todos os que estão em casa (cf. Mateus 5,15).
    Ou seja, a luz que temos dentro de nós não é para ser escondida timidamente, mas para ser oferecida aos outros para que também eles possam ser inundados por ela.
    Ser luz significa mostrar com o nosso testemunho, as nossas palavras e as nossas ações que, realmente, Cristo faz a diferença e de que uma vida de acordo com os Seus ensinamentos é uma vida mais feliz.
    O objetivo da missão da Igreja é iluminar com a luz do Evangelho todos os povos no seu caminhar na história rumo a Deus, para que n'Ele encontrem a sua plena realização.
    Devemos sentir o anseio e a paixão de iluminar todos os povos com a luz de Cristo, que resplandece no rosto da Igreja, para que todos se reúnam na única família humana, sob a amável paternidade de Deus.

    Eduardo Rocha Quintella/Canção Nova


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