18 de out. de 2013

  • 18/10 - Justiça decide que criança adotada voltará para a família biológica em 4 meses

    Na foto, a menina com a família adotiva


    A Justiça determinou que a menina M.E., de 4 anos, deve voltar ao convívio dos pais biológicos nos próximos quatro meses. Durante o processo, a criança ficará sob a guarda dos pais adotivos. A decisão foi tomada durante audiência na tarde desta quinta-feira (17), na Vara de Infância e Juventude de Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. M.E. teve a guarda devolvida aos pais biológicos após dois anos e meio de convivência com a família adotiva.

    De acordo com a determinação da Justiça, no início do primeiro mês, a criança será acompanhada por psicólogos e assistentes sociais na Vara da Infância e Juventude de Contagem. Ao fim deste mês, devem começar a acontecer encontros com os pais biológicos e no segundo mês, M.E. começará a ter contato com os seis irmãos. O procedimento adotado até o quinto mês ainda será detalhado, mas os encontros devem se tornar cada vez mais frequentes.

    Ao fim desse período, a criança passaria a viver com os pais biológicos, segundo a advogada Cinthya Marta de Andrade Rodrigues, que representa a família biológica de M.E..

    A mãe adotiva da menina, Liamar Dias de Almeida, deixou o local chorando muito e foi amparada pelo marido. "Nós não vamos desistir, nada no mundo vai tirar minha filha de mim", afirmou. Segundo ela, a família adotiva vai recorrer da decisão até quando for possível.

    Esta foi a primeira vez que as duas famílias ficam frente a frente. A advogada da família adotiva, Mariana Tonussi, informou que irá entrar com um recurso na Justiça pedindo a permanência da criança com os pais adotivos, até que o processo se resolva. Os advogados da família adotiva também apuram o motivo da exigência de que a criança volte ao lar biológico, após dois anos e meio de convivência com a família que a adotou.

    O caso ganhou repercussão nas redes sociais após os pais adotivos iniciarem uma campanha contra a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que havia determinado o retorno da criança à família biológica.

    O Conselho Tutelar retirou M.E dos pais quando ela tinha 2 meses, juntamente com os outros seis irmãos. A mãe sofria com depressão e não conseguia cuidar das crianças e pai enfrentava problemas de alcoolismo. Após passar um ano e oito meses em um abrigo, a menina foi encaminhada à família provisória, que iniciou o processo de adoção e conseguiu a guarda definitiva de M.E em primeira instância. A família biológica, entretanto, recorreu e conseguiu reverter a situação.

    (Época)

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