30 de mai. de 2012

  • A brasa solitária


    https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNcfc16GQkD_srOthnicIyjiEQh349ySmwLF_kaQADbfIFs-CgqbPXxEyNCz6r-Qqj6mv6feygehrA5LqKdPE-LfdWjLKti7-3T5Bipybc4bYHWiC0MPKVxV4IEyFPU3HYAXrDuF3UxFZ3/s320/lareira5.jpgJuan ia sempre aos serviços dominicais de sua igreja. Mas começou a achar que o pregador dizia sempre as mesmas coisas, e parou de frequentar a igreja.
    Dois meses depois, em uma fria noite de inverno, o pregador foi visitá-lo.
    “Deve ter vindo para tentar convencer-me a voltar” pensou Juan consigo mesmo. Imaginou que não podia dizer a verdadeira razão: os sermões repetitivos. Precisava encontrar uma desculpa, e enquanto pensava, colocou duas cadeiras diante da lareira, e começou a falar sobre o tempo.
    O pregador não disse nada. Juan, depois de tentar inutilmente puxar conversa por algum tempo, também calou-se. Os dois ficaram em silêncio, contemplando o fogo por quase meia-hora.
    Foi então que o pregador levantou-se, e com a ajuda de um galho que ainda não tinha queimado, afastou uma brasa, colocando-a longe do fogo.
    A brasa, como não tinha suficiente calor para continuar queimando, começou a apagar. Juan, mais que depressa, atirou-a de volta ao centro da lareira.
    - Boa noite – disse o pregador, levantando-se para sair.
    - Boa noite e muito obrigado – respondeu Juan. – A brasa longe do fogo, por mais brilhante que seja, terminará extinguindo rapidamente.
    “O homem longe dos seus semelhantes, por mais inteligente que seja, não conseguirá conservar seu calor e sua chama. Voltarei à igreja no próximo domingo.”

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