29 de jun. de 2012

  • Liberar as drogas



    Depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou-se favorável à liberação da venda de maconha, várias pessoas passaram a discutir a favor e contra o assunto, na media, nos bares e em recintos privados. Quem acompanha este espaço sabe que há anos, este modesto “escrevinhador” defende abertamente a liberação da distribuição de todas as drogas licitas ou ilícitas. Reconheço que todo ser humano tem livre arbítrio e pode decidir como quiser sobre a própria vida. Nem Deus, que muitos consideram o criador do mundo e do homem, ousou proibir o livre arbítrio. Assim, quem quiser respeitar os mandamentos do Criador deve fazê-lo livremente. Quem quiser pecar, peque sem medo do Onipotente. Assim, quem quiser consumir drogas que o faça por livre e espontânea decisão. Como aconteceu com as bebidas alcoólicas, algumas pessoas hoje as consomem sem se prejudicar e sem prejudicar os outros. No entanto há pessoas, talvez por questões biológicas, que não podem tomar o primeiro gole que continuam a beber imoderadamente, tornam-se alcoólatras e passam a prejudicar seus familiares e à sociedade onde vivem. A sociedade aprendeu a conviver com os alcoólatras depois da liberação do comércio de bebidas nos EUA quando o Congresso de lá revogar a Lei Seca que proibia vender e consumir bebidas alcoólicas. Aquela liberação serviu de exemplo para o resto do mundo. Por que não fazer o mesmo com as drogas no Brasil?

    Repressão fracassada

    Já argumentei várias vezes que o tráfico e a distribuição de drogas não acabarão com repressão policial. No Brasil, há mais de 50 anos o Governo combate o tráfico de drogas com ações policiais e prisões de segurança máxima para recolher traficantes. Mesmo assim, quem quiser comprar drogas e se drogar, o faz em qualquer localidade do País.

    Respeito à liberdade

    Os que defendem ações policiais para proibir a venda e o consumo de drogas precisam se conscientizar que não respeitam o direito de quem, por livre decisão, deseja drogar-se e até morrer de overdose. O dinheiroque o Governo gasta hoje com a repressão ao tráfego de drogas poderia ser empregado objetivamente para tratar dependentes doentes.

    Efeito colateral

    Quem defende a liberação das drogas não evita traficante nem consumidor. Se for livre o comércio, para que traficar? Traficante tem mente criminosa; se não puder ganhar dinheiro com o fim da proibição da venda de drogas, irá assaltar bancos ou roubar cargas nas estradas, mas a corrupção decorrente do trafego, certamente acabará no Brasil.

    Fonte:Correio de Uberlandia

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