22 de set. de 2012

  • Correios farão mutirão de entrega no fim de semana por conta da greve


    Os Correios vão fazer mutirões neste sábado (22) e domingo (23) para colocar em dia a entrega de cartas e encomendas à população, afetadas por conta da greve iniciada na quarta-feira (19). A ação, segundo a empresa, faz parte do plano de contingência para minimizar eventuais prejuízos provocados pela paralisação.

    A empresa diz que também está realocando de empregados das áreas administrativas, contratando trabalhadores temporários e trabalhando com horas extras para realizar as entregas de acordo com o previsto.

    A adesão à greve permaneceu inalterada, tanto nas contas dos Correios quanto na da federação dos trabalhadores.

    Para a empresa, cerca de 10% dos funcionários estão parados desde o primeiro dia de greve. Nesta sexta-feira (21), 91% dos 120 mil empregados trabalharam normalmente — 10.938 aderiram à paralisação, informou a empresa, que controla a presença por meio de ponto eletrônico.

    Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), a adesão se mantém em 70% a 80% da área operacional, em que atuam trabalhadores como carteiros, atendentes e operadores de triagem, ou seja, relacionados às entregas. "É por isso que a empresa tem cancelado serviços em várias regiões", diz James Magalhães, diretor de imprensa da Federação.

    Segundo a federação, 26 dos 35 sindicatos aderiram à greve. O sindicato da Bahia fez assembleia nesta quinta e resolveu não aderir a greve

    Atrasos e agências
    Segundo a empresa, 16% das encomendas recebidas nos dois primeiros dias de paralisação estão tendo algum atraso. O período de atraso é variável. Da carga recebida entre quarta e quinta-feira, 84% foi entregue no prazo, o que equivale a 58,7 milhões de cartas e encomendas.

    Segundo a empresa, toda a rede de agências está aberta e funcionando normalmente. Estão interrompidos os serviços com hora marcada Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e Disque-Coleta destinados a São Paulo capital e região metropolitana, Tocantins, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Rio de Janeiro, estão suspensos apenas a entrega de Sedex Hoje e o Disque-Coleta.

    Acordo na Justiça
    A direção da empresa e a Fentect não conseguiram se entender em audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) nesta quarta. Com a falta de um consenso entre as partes, o TST decidiu que vai julgar o dissídio.

    De acordo com a federação, os funcionários dos Correios reivindicam aumento de 43,7%, R$ 200 incorporados ao salário, auxílio alimentação de R$ 35, contratação imediata de 30 mil trabalhadores entre outras melhorias. Além das 15 unidades da federação que aderiram à greve nesta quarta-feira, Pará e Minas Gerais já haviam iniciado a paralisação na semana passada.

    O TST disse que ainda não há data para julgar o dissídio. A ministra Kátia Arruda, responsável pelo caso, determinou que o movimento grevista mantenha pelo menos 40% do efetivo trabalhando em cada unidade dos Correios, sob pena de R$ 50 mil por dia.

    (G1)

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