A passeata começou as 18h10 e foi encerrada as 20h. De acordo com a Polícia Militar, cinco pessoas foram detidas com bombas de fogo de artifício. “Aprovamos esse tipo de atitude porque é um manifesto pacífico sem violência. Tudo ocorreu conforme planejado, com exceção de cinco indivíduos com bombas. Mas os próprios manifestantes identificaram e nós fizemos o nosso trabalho. Tirando isso, não tivemos nenhum problema”, disse o Coronel Elias.
Em todo trajeto, a PM se preocupou em dar livre ao acesso aos ativistas. O trânsito da Avenida Getúlio Vargas, onde iniciou o protesto, e das ruas Tenente Bino e Major Gote foram controlados por 20 militares.
Para o estudante Ciro Nunes, a população está exercendo um direito sem usar a violência. “É um manifesto público, pacífico, sem vandalismo onde a gente quer mostrar que com a união da população as coisas podem mudar. Nós estamos abraçando as pessoas que iniciaram os protestos em São Paulo e também estamos cobrando melhorias”, disse Nunes.
Além dos estudantes, empresários da cidade e muitos professores participaram da manifestação. Omar Gonçalves é da rede de ensino público e protestou contra falta de ação dos políticos. “O povo está cansado de tanta coisa errada. Não estamos aqui por causa apenas dos R$ 0,20. Estamos na rua em busca de melhorias. Quero que saúde e educação melhorem. Mas enquanto isso, têm deputados que votam a favor da Pec 37”, afirmou.
Além dos problemas em âmbito nacional e estadual, palavras de ordem foram proferidas a figura do prefeito de Patos de Minas, Pedro Lucas. A reportagem do site G1 fez contato com a assessoria de comunicação do chefe do Executivo, porém, ele está viajando e não quis se pronunciar.
Ao contrário de Pedro Lucas, o chefe do Legislativo, Otaviano Marques, comentou sobre o manifesto na cidade e no país. “Entendo que os ativistas estão certos, pois o movimento chama a atenção da mídia e, assim, exige uma maior reflexão dos governantes e políticos em geral sobre as necessidades da população. Entretanto, sou contra qualquer excesso que depreda o patrimônio público e coloca em risco a vida das pessoas. Nem os manifestantes nem a polícia pode se exceder”, comentou o vereador.
(G1)