14 de fev. de 2012

  • Pré-carnaval deixa rastro de destruição em um dos cartões postais de BH

    Mais de 10 mil pessoas foram à Praça da Liberdade e causaram estragos ao patrimônio. PBH licenciou evento, mas diz que vai multar produtores
    Na manhã de segunda-feira o que se viu foi lixo espalhado e plantas e grama pisoteados pela multidão ( Maria Tereza Correia/EM/D.A PRESS)
    Na manhã de segunda-feira o que se viu foi lixo espalhado e plantas e grama pisoteados pela multidão
    Grama destruída, canteiros danificados, luminária arrancada, lixo espalhado, cheiro de urina por todo lado e lustres roubados no Museu das Minas e do Metal. A Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul, ainda está com as marcas do show da banda carioca Monobloco, que levou cerca de 10 mil de pessoas ao local na noite de domingo como parte do 1º Concurso Mineiro de Marchinhas de Carnaval, promovido por uma empresa particular. O evento foi licenciado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha/MG), já que a praça é tombada. 
    Análise da notícia
    É uma pena que em meio ao apelo da população e da classe artística para que os espaços públicos de Belo Horizonte sejam democratizados, uma praça da cidade seja utilizada de forma completamente equivocada com o aval da prefeitura. A depredação da Praça da Liberdade nos faz tirar algumas conclusões. A primeira, e mais óbvia, é a carência de espaços públicos para grandes eventos na capital. A segunda é o despreparo dos órgãos públicos na hora de licenciar os eventos. No mundo inteiro, parques e praças – várias delas patrimônios históricos – recebem espetáculos que democratizam o acesso à cultura. A diferença é que pelas bandas de lá a primeira pergunta é: “Qual o público previsto?” A PBH dizer que desconhecia o porte do show é a prova máxima de que os responsáveis pelo licenciamento não fizeram esse questionamento primário e não sabem dimensionar o alcance de público do Monobloco. Ao ameaçar proibir shows em várias praças, a PBH comete o velho erro de jogar a criança fora junto com a água do banho.



    Fonte: Em

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