Desesperada, após procurar ajuda da polícia, políticos e tribunais durante 23 anos, abriu um processo na prefeitura de Barun, no norte da Índia. "Bati em todas as portas, da polícia ao tribunal, mas ninguém podia provar oficialmente que eu estava viva, apesar de estarem convencidos de que eu estava", conta Asharfi.
O Conselho demorou oito meses para analisar todas as provas, dando o resultado apenas em maio deste ano. Para derrubar o certificado de óbito emitido em 30 de dezembro de 1988, a corte reuniu membros da família, moradores da vila, policiais, autoridades locais e jornalistas.
Os pais da indiana casaram a filha com um fazendeiro da região, Ram Janam Singh, em 1960. Aos 19, ela engravidou. "Quatro anos após o nascimento de minha filha, meu marido nos abandonou. Então, fui viver com meus pais", conta. Singh se casou pela terceira vez e, como já havia feito com a primeira esposa, arranjou um atestado de óbito para Asharfi. O objetivo era impedir que ela tivesse qualquer direito sobre suas propriedades.
Fonte:Pop.com.br